Conceito Multimasking
Confira essa entrevista com a Dra. Adriana Awada sobre a técnica de tratamento facial Multimasking, realizada por Silvana Oliveira para o site CientifiqueDesde que comecei a aplicar a técnica de tratamento facial Multimasking tenho pesquisado bastante sobre essa técnica, encontrando inúmeras respostas favoráveis, o que tem me levado a usufruir cada vez mais dos seus benefícios.
O conceito Multimasking possibilita tratar cada área da face conforme a necessidade da pele, a espessura, o aspecto e a fisiologia da região. Esse conceito tem sido difundido por médicos conceituados mundialmente e marcas americanas como a Skin Ceuticals e Dermalogica.
Para não ficar somente nas minhas palavras, fui buscar mais informações com uma médica pioneira na aplicação do conceito Multimasking aqui no Brasil, a Dra. Adriana Awada, médica dermatologista, que nos fornece importantes esclarecimentos sobre essa técnica:
Cientifique: Qual a sua opinião sobre o conceito Multimasking?
Dra. Adriana Awada: Minha opinião sobre o conceito multimasking é que você consegue otimizar o tempo da paciente, o resultado no tratamento e associar vários ativos numa mesma sessão fazendo com que o resultado seja muito melhor para o que a paciente necessita em cada área do rosto.
Cientifique: Na sua opinião quais os benefícios de se tratar cada área do rosto segundo a sua necessidade?
Dra. Adriana Awada: A zona T é sempre mais oleosa, as laterais normalmente mais sensíveis, a área dos olhos absurdamente mais sensíveis. Então se cada área for tratada com o devido ativo, vai ter um resultado muito melhor. Sempre na zona T, eu que utilizo sempre as máscaras da Skin Ceuticals e os líquidos da Skin Ceuticals, eu aplico o Blemish Age Defense em toda zona T. Na área da lateral eu aplico o Phyto Corrective, que é um calmante, em seguida o Blemish e todos os locais em seguida são cobertos por uma máscara de camomila gelada e depois uma Luz Led que pode ser verde, azul ou vermelha de acordo com a indicação de cada paciente. Se ele tem mais acne eu coloco a luz azul, se ele tem mais irritação, pele mais sensível eu uso a luz vermelha e se é uma pele que precisa do mix das duas eu coloco a luz verde.
Cientifique: Em quais tipos de pele é recomendada a aplicação dessa técnica?
Dra. Adriana Awada: Teóricamente toda pele seca, ressecada e mista precisa de uma máscara, pelo menos uma vez a cada 60 dias. Se a pele tem uma indicação de acne ou está em algum tratamento, ou ainda realizou algum aparelho como Laser, então essa máscara deve ser aplicada imediatamente após o procedimento. Se foi realizado o Laser a gente tenta acalmar e depois tratar o local que foi mais agredido, se o paciente tem acne nós vamos acalmar e depois vamos colocar o ativo que vai tratar acne, se é uma pele que está mais enrugada, mais sensível, ou mais necessitada de cuidados especiais do tipo hidratação, recuperação, regeneração da pele, então nós vamos mais hidratar e usar os regeneradores e se é uma pele que está em fase de clareamento, então eu aplico a máscara calmante e em seguida já coloco o peeling. Então eu aplico o laser, a máscara calmante e em seguida a paciente vai para casa com o peeling, exatamente para essa pele que foi maltratada teoricamente no Laser e durante o tratamento ela vai acalmar e em seguida vai descamar inteira e soltar toda essa pele que a gente quer que descame para ver o que tem por baixo.
Cientifique: Quais linhas a doutora costuma usar aplicando esse conceito?
Dra. Adriana Awada: A Clínica é uma das clínicas credenciadas pela Skin Ceuticals então a maioria dos ativos que eu utilizo na clínica são da Skin Ceuticals, as luzes são máscaras importadas que a gente acaba aplicando sobre a pele e eu sempre faço associação. Já faço isso a muitos anos e fiquei surpresa que você tem esse conceito Multimasking também e adorei a ideia, adorei saber que realmente nós estamos acertando com essa forma de agir otimizando o tratamento dos pacientes.
Cientifique: A doutora acredita que pode haver algum tipo de incompatibilidade química na aplicação dessa técnica?
Dra. Adriana Awada: A incompatibilidade química pode existir em qualquer tipo de tratamento, infelizmente essa é uma surpresa para o dermatologista, para qualquer pessoa que faz tratamentos dermatológicos ou qualquer tipo de tratamento. As alergias podem acontecer e nós vamos tentando descobrir ao que o paciente tem sensibilidade maior ou menor, o mais importante é saber diferenciar alergia de sensibilidade, às vezes o paciente acha que ele está alérgico e na verdade ele só está com a pele sensibilizada por que vai descamar, então mais importante do que saber o que vai aplicar no Multimasking é acompanhar esse paciente de perto, deixar ele livre para te ligar no dia seguinte ou voltar no consultório no dia seguinte e contar como a pele dele está: se está ardendo, se está irritada, se ele está desconfortável. Os peelings normalmente descamam somente após 48 horas, então se foi realizado um peeling nós alertamos o paciente: “Não precisa vir amanhã, é só daqui dois ou três dias que você vai precisar da nossa ajuda, então é a hora que você vai precisa ou me ligar ou procurar a clínica para saber se está normal, se é isso mesmo, se a hipersensibilidade é hipersensibilidade ou é alergia”.
Agradeço imensamente a Dra. Adriana Awada, que apesar de ter a agenda lotada, uma rotina com muitos compromissos, foi super atenciosa em compartilhar de sua experiência com o conceito Multimasking, nos possibilitando concluir que trata-se de uma técnica embasada e que vale a pena usufruir de seus benefícios.
Link da matéria original em: www.cientifique.com/conceito-multimasking-entrevista-com-a-dra-adriana-awada
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